terça-feira, 29 de março de 2011

pesquisa qualitativa

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sábado, 26 de março de 2011

NETTO SIMMYS PAGE

SOMTIMES I OPEN NEWSPAPER AND SAY MAN THIS CAN'T BE True!!! like if I have been there for the ling time!!! so waithing... for more information !!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

A razão instrumental – que os frankfurtianos, como Adorno, Marcuse e Horkheimer também designaram com a expressão razão iluminista – nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos. Assim, por exemplo, o filósofo Francis Bacon, no início do século XVII, criou uma expressão para referir-se ao objeto do conhecimento científico: “a Natureza atormentada”.
Atormentar a Natureza é fazê-la reagir a condições artificiais, criadas pelo homem. O laboratório científico é a maneira paradigmática de efetuar esse tormento, pois, nele, plantas, animais, metais, líquidos, gases, etc. são submetidos a condições de investigação totalmente diversas das naturais, de maneira a fazer com que a experimentação supere a experiência, descobrindo formas, causas, efeitos que não poderiam ser conhecidos se contássemos apenas com a atividade espontânea da Natureza. Atormentar a Natureza é conhecer seus segredos para dominá-la e transformá-la.
O tormento da realidade aumenta com a ciência contemporânea, uma vez que esta não se contenta em conhecer as coisas e os seres humanos, mas os constrói artificialmente e aplica os resultados dessa construção ao mundo físico, biológico e humano (psíquico, social, político, histórico). Assim, por exemplo, a organização do processo de trabalho nas indústrias apresenta-se como científica porque é baseada em conceitos da psicologia, da sociologia, da economia, que permitem dominar e controlar o trabalho humano sob todos os aspectos (controle sobre o corpo e o espírito dos trabalhadores), a fim de que a produtividade seja a maior possível para render lucros ao capital.
Na medida em que a razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração. Para que não seja percebida como tal, passa a ser sustentada pela ideologia cientificista, que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, desemboca na mitologia cientificista.
Todavia, devemos distinguir entre o momento da investigação científica propriamente dita e o da ideologização-mitologização de uma ciência. Um exemplo poderá auxiliar-nos a perceber essa diferença. Quando Darwin elabora a teoria biológica da evolução das espécies, o modelo de explicação usado por ele permitia-lhe supor que o processo evolutivo ocorria por seleção natural dos mais aptos à sobrevivência.
Ora, na mesma época, a sociedade capitalista estava convencida de que o progresso social e histórico provinha da competição e da concorrência dos indivíduos, segundo a lei econômica da oferta e da procura. Um filósofo, Spencer, aplicou, então, a teoria darwiniana à sociedade: nesta, os mais “aptos” (isto é, os mais capazes de competir e concorrer) tornam-se naturalmente superiores aos outros, vencendo-os em riqueza, privilégios e poder.
Ao transpor uma teoria biológica para uma explicação filosófica sobre a essência da sociedade, Spencer transformou a teoria científica da evolução em ideologia evolucionista. Por quê? Em primeiro lugar, porque generalizou para toda a realidade resultados obtidos num campo particular de conhecimentos específicos. Em segundo lugar, porque tomou conceitos referentes a fatos naturais e os converteu em fatos sociais, como se não houvesse diferença entre Natureza e sociedade. Uma vez criada a ideologia evolucionista, o evolucionismo tornou-se teoria da História e, a seguir, mitologia científica do progresso humano.
A noção de razão instrumental nos permite compreender:
● a transformação de uma ciência em ideologia e mito social, isto é, em senso comum cientificista;
● que a ideologia da ciência não se reduz à transformação de uma teoria científica em ideologia, mas encontra-se na própria ciência, quando esta é concebida como instrumento de dominação, controle e poder sobre a Natureza e a sociedade;
● que as idéias de progresso técnico e neutralidade científica pertencem ao campo da ideologia cientificista.

O problema do uso das ciências
Além do problema anterior, isto é, de teorias científicas serem formuladas a partir de certas decisões e escolhas do cientista ou do laboratório onde trabalham os cientistas, com conseqüências sérias para os seres humanos, um outro problema também é trazido pelas ciências: o de seu uso.
Vimos que uma teoria científica pode nascer para dar resposta a um problema prático ou técnico. Vimos também que a investigação científica pode ir avançando para descobertas de fenômenos e relações que já não possuem relação direta com os problemas práticos iniciais e, como conseqüência, é freqüente uma teoria estar muito mais avançada do que as técnicas e tecnologias que poderão aplicá-la. Muitas vezes, aliás, o cientista sequer imagina que a teoria terá aplicação prática.
É exatamente isso que torna o uso da ciência algo delicado, que, em geral, escapa das mãos dos próprios pesquisadores. É assim, por exemplo, que a microfísica ou física quântica desemboca na fabricação das armas nucleares; a bioquímica e a genética, na de armas bacteriológicas. Teorias sobre a luz e o som permitem a construção de satélites artificiais, que, se são conectáveis instantaneamente em todo o globo terrestre para a comunicação e informação, também são responsáveis por espionagem militar e por guerras com armas teleguiadas.
Uma das características mais novas da ciência está em que as pesquisas científicas passaram a fazer parte das forças produtivas da sociedade, isto é, da economia. A automação, a informatização, a telecomunicação determinam formas de poder econômico, modos de organizar o trabalho industrial e os serviços, criam profissões e ocupações novas, destroem profissões e ocupações antigas, introduzem a velocidade na produção de mercadorias e em sua distribuição e consumo, modificando padrões industriais, comerciais e estilos de vida. A ciência tornou-se parte integrante e indispensável da atividade econômica. Tornou-se agente econômico e político.
Além de fazer parte essencial da atividade econômica, a ciência também passou a fazer parte do poder político. Não é por acaso, por exemplo, que governos criem ministérios e secretarias de ciência e tecnologia e que destinem verbas para financiar pesquisas civis e militares. Do mesmo modo que as grandes empresas financiam pesquisas e até criam centros e laboratórios de investigação científica, assim também os governos determinam quais as ciências que irão ser desenvolvidas e, nelas, quais as pesquisas que serão financiadas.
Essa nova posição das ciências na sociedade contemporânea, além de indicar que é mínimo ou quase inexistente o grau de neutralidade e de liberdade dos cientistas, indica também que o uso das ciências define os recursos financeiros que nelas serão investidos.
A sociedade, porém, não luta pelo direito de interferir nas decisões de empresas e governos quando estes decidem financiar um tipo de pesquisa em vez de outra. Dessa maneira, o campo científico torna-se cada vez mais distante da sociedade sem que esta encontre meios para orientar o uso das ciências, pois este é definido antes do início das próprias pesquisas e fora do controle que a sociedade poderia exercer sobre ele.
Um exemplo de luta social para intervir nas decisões sobre as pesquisas e seus usos encontra-se nos movimentos ecológicos e em muitos movimentos sociais ligados a reivindicações de direitos. De um modo geral, porém, a ideologia cientificista tende a ser muito mais forte do que eles e a limitar os resultados que desejariam obter.

segunda-feira, 21 de março de 2011

cleverson candioto Kleber Candiotto

Cleverson Leite Bastos
Doutor pela PUCSP com estágio de pós-doutorado na Universidade São Carlos, o professor Cleverson Leite Bastos atua na linha de Epistemologia nos projetos Verdade e Método, no qual desenvolve trabalhos sobre ?Teorias da verdade? e sobre a ?Fundamentação epistêmica das ciências biológicas?, e no projeto O Pragmatismo e suas repercussões na epistemologia contemporânea, no qual desenvolve trabalho intitulado ?Os portadores da verdade e teorias não realistas?. Trabalha preferencialmente com os autores: Giofre Muller, John Wargth, Karl Popper.
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Kleber Candiotto
Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR. Vinculado à linha de pesquisa de Epistemologia, tem como projeto de pesquisa individual ?Investigação acerca do internalismo e externalismo sobre a mente: o problema da intencionalidade e da representação mental?. Concentra sua pesquisa em autores como J. R. Searle, J. A. Fodor, D. C. Dennett, entre outros ligados a Filosofia da Mente e Ciências Cognitivas.

LINGUÍSTICA

Curso de Linguística Geral é uma das obras mais importantes da história relacionada aos estudos da linguagem. Embasada por Ferdinand de Saussure, um dos maiores estudiosos nessa área, este livro foi lançado em 1916, postumamente pelos alunos de Saussure. Esses aprendizes fizeram uma compilação das obras do mestre a fim de construir uma obra que internalizasse as ideias geniais desse que foi um dos maiores responsáveis pela estruturação da linguística como ciência. Os temas e conceitos abordados por esse livro dizem respeito ao trabalho realizado por Ferdinand em estudar a língua como elemento fundamental da comunicação humana. Ele, por sua vez, faz uma divisão no seu campo de estudo, popularmente conhecida como dicotomias. Esse desmembramento serviu para clarificar os conceitos que ele tinha com relação à função exercida pela linguagem. Nesta obra as dicotomias são: língua x fala; significante x significado; sincronia x diacronia; sintagma x paradigma.

Esta obra começa fazendo um panorama evolutivo da linguística, que teve três fases antes de encontrar o seu real objeto de estudo. Primeiro veio à gramática com a sua visão limitada e normativa da língua, impondo regras do que certo e errado na língua. Depois, surgiu a filologia que não tinha apenas a língua como objeto de estudo, mas também os textos literários, comentando-os e interpretando-os. Por último, a história da linguística chega à gramática comparada que, como o próprio nome já diz, faz uma comparação entre as línguas. Nessa fase temos o nome de Franz Bropp que em 1816 lançou uma obra intitulada de Sistema da Conjuração do Sânscrito, estudando as relações que uniam essa língua a várias outras como o grego, germânico, latim e etc. Bropp não foi o primeiro a assinalar, contudo, que essas novas línguas pertenciam a uma mesma família, mas foi ele que compreendeu que as relações entre línguas afins podiam torna-se matéria para uma ciência autônoma. Ainda na parte introdutória do livro, merece menção a parte em que o autor começa a fazer comentários sobre os erros cometidos pela gramática comparativa, que não enquadrou à história nos seus estudos sobre a língua. Essa atitude exclusivamente comparatista acarretou uma série de conceitos errôneos em torno da linguagem, dando início ao surgimento dos neogramáticos, que por sua vez, analisavam a língua “não como um organismo que se desenvolve por si, mas um produto do espírito coletivo dos grupos linguísticos (p.12)”.

No desenrolar da obra, encontramos no segundo capítulo as tarefas da linguística e as suas relações com determinadas ciências. Na leitura dessa parte, cumpre enfatizar, que em momento algum a linguística se dissocia da gramática normativa. A linguística, como ciência, apenas estreita as relações do seu estudo para um melhor desempenho das teorias sobre a linguagem. É claro que para isso a linguística não poderá trabalhar sozinha. Então, surgi à correlação entre ciências como a fisiologia que, não diferente da linguística, estuda os aspectos fônicos da língua. Diferentemente da filologia que tem seu papel definido como ciência e se distingue da linguística.

No terceiro capítulo do livro, aparecem os questionamentos sobre o objeto de estudo da linguística. No desenrolar do texto fica cada vez mais evidente o interesse de Saussure pelo estudo da língua, pois, para ele, a linguagem é social e individual, enfim, a fusão da língua e da fala.

Ferdinand escolhe o estudo sistemático da língua, por esta ser a matéria indissociável da linguagem. Para reforçar esse argumento o autor coloca: “Para atribuir à língua o primeiro lugar do estudo da linguagem pode-se, enfim, fazer valer o argumento de que a faculdade - natural ou não – de articular palavras não se exerce senão com ajuda de instrumento criado e fornecido pela coletividade (p.18)”. Ainda nesse capítulo, mais precisamente no segundo subtópico, inicia-se o estudo da língua no meio da linguagem. É nos exemplificado, fisiologicamente, como ocorre o fenômeno da interação da língua no ato da comunicação, tanto no aspecto físico quanto no psíquico. É interessante observar nesta parte da obra como os mecanismos que compõe a linguagem funcionam no dado momento da comunicação, fazendo com que a interação entre indivíduos efetivamente ocorra. Além disso, Saussure, continua traçando paralelos entre língua e fala, sempre dando ênfase na primeira.

Na última parte desse capítulo surgi o debate em torno do signo linguístico, denominado como Semiologia. Essa parte da obra é crucial, pois, nos próximos capítulos, Saussure começa a fazer as distinções sobre as suas famosas dicotomias. Por isso, o entendimento do signo linguístico como uma entidade do conjunto que forma a linguagem é fundamental. Ainda sobre a semiologia cabe ilustrar a diferença existente entre ela e a linguística. Enquanto a linguística limita-se em estudar apenas a linguagem humana, a semiologia vai além, estudando a dos animais e de toda e qualquer sistema de comunicação, seja natural ou convencional.

Finalizando essa parte, no quarto capítulo, o autor começa a separar a língua da fala, dividindo-as como duas partes particulares da linguística. Mesmo sabendo que ambas são indissociáveis na formação da linguagem, percebemos a ênfase, na leitura desse capítulo, em que Saussure, em várias situações, coloca a língua no patamar superior ao da fala. Ele chega a afirmar categoricamente que a língua seria a parte essencial no estudo da linguagem, e a fala, portanto, seria a parte secundária. Toda essa valorização da língua como objeto de estudo perdura também nos próximos capítulos do texto, sobretudo na parte seguinte em que começa a ser conceituada as famosas dicotomias de Saussure.

Ferdinand de Saussure ficou conhecido no mundo todo por elaborar teorias que propiciaram o desenvolvimento da linguística enquanto ciência. A partir daí acabou desencadeando no surgimento do Estruturalismo, corrente que veio de encontro com o gerativismo e o pragmatismo. Na base dessa reestruturação linguística Saussure criou dicotomias que explicassem, de forma clara, as suas ideias em torno da língua. Na obra em questão, ele começa analisando a natureza do signo linguístico. Cada um deles é visto separadamente por Saussure que sistematiza seus conceitos a fim de clarificar ainda mais o seu raciocínio. Uma das primeiras dicotomias refere-se ao conceito de significante e significado. O primeiro consiste em uma imagem acústica, enquanto o outro reside no plano do conteúdo. Depois dessa sucinta definição o livro da continuidade aos exemplos que envolvem o signo linguístico, no intuito de elucidar ainda mais os conceitos que envolvem essa dicotomia. A segunda dicotomia diz respeito ao estudo da língua na história.

Durante muito tempo a linguística não analisava o seu objeto de estudo, a língua, numa perspectiva histórica. Então surgi à segunda dicotomia conhecida como sincronia e diacronia. A primeira estuda a língua num determinado ponto da história, enquanto a outra estuda a língua no curso evolutivo da história. Nessa parte do livro é indispensável à leitura do capitulo referente à imutabilidade e mutabilidade da língua, pois, os questionamentos levantados são de extrema importância para o entendimento das dicotomias de Saussure.

Essa obra, portanto, é uma boa pedida para aqueles que querem se aprofundar na área da linguística, como também para qualquer outro profissional de áreas diferentes que estejam interessados em desmistificar o surgimento e a evolução da língua. Habilidosamente, a obra clarifica os conceitos elaborados por Saussure que, sistematicamente mudaram a forma de ver e estudar a linguística. Mesmo com a oposição de alguns linguistas contemporâneos, o Curso de Linguistica Geral é uma excelente material para a compreensão da linguística como ciência, sobretudo para aqueles que estão dando os primeiros passos nessa área.

SOBRE LINGUISTICA

Linguística é a ciência que estuda a linguagem verbal humana. Como toda a ciência, ela baseia-se em observações conduzidas através de métodos, com fundamentação em uma teoria.

Portanto, a função de um linguista é estudar toda e qualquer manifestação linguística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado.

Para um linguista é muito mais interessante uma passagem do tipo:

Cumé qui é?

a outra:

Como é que é?

pois as variações linguísticas e seus motivos socio-culturais são, cientificamente, muito mais relevantes do que a norma padrão da língua, isto é, o jeito “correto” de falar.

O linguista quer descobrir como a língua funciona, estudando várias dessas línguas, de forma empírica (através de dados baseados na experiência), dando preferência às variações populares faladas em diversas comunidades.

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Os critérios de coleta, organização, seleção e análise dos dados linguísticos obedecem a uma teoria linguística expressamente formulada para esse fim.
Divisões da Linguística

1. Considerando o foco da análise:

* Linguística Descritiva (ou sincrônica): Fala de uma língua, descrevendo-a simultaneamente no tempo, analisa as relações existentes entre os fatos linguísticos em um estado da língua, além de fornecer dados que confirmam ou não as hipóteses. Modernamente, ela cede lugar à Linguística Teórica, que constrói modelos teóricos, mais do que descreve;
* Linguística História (ou diacrônica): Analisa as mudanças que a língua sofre através dos tempos, preocupando-se, principalmente, com as transformações ocorridas;
* Linguística Teórica: Procura estudar questões sobre como as pessoas, usando suas linguagens, conseguem comunicar-se; quais propriedades todas as linguagens têm em comum; qual conhecimento uma pessoa deve possuir para ser capaz de usar uma linguagem e como a habilidade linguística é adquirida pelas crianças;
* Linguística Aplicada: Utiliza conhecimentos da linguística para solucionar problemas, geralmente referentes ao ensino de línguas, à tradução ou aos distúrbios de linguagem.
* Linguística Geral: Engloba todas as áreas, sem um detalhamento profundo. Fornece modelos e conceitos que fundamentarão a análise das línguas.

2. Considerando o que constitui a língua:

* Fonologia: Estuda os menores segmentos que formam a língua, isto é, os fonemas;
* Morfologia: Estuda as classes de palavras, suas flexões, estrutura e formação;
* Sintaxe: Estuda as funções das palavras nas frases;
* Semântica: Estuda os sentidos das frases e das palavras que a integram;

3. Considerando suas conexões com outros domínios:

* Psicolinguística: Estuda a relação entre a linguagem e a mente;
* Sociolinguística: Estuda a relação entre a linguagem e a sociedade;
* Etnolinguística: Estuda a relação entre a linguagem e a cultura (cultura não no sentido de erudição ou conhecimento livreiro, mas sim como as tradições de um povo, esta cultura que todos possuem.)

sábado, 19 de março de 2011

CRONICA DE UMA MORTE ANUNCIADA

CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA
"No dia em que iam matá-lo, Santiago Nasar levantou-se às 5:30 da manhã para esperar o barco em que chegava o bispo. Tinha sonhado que atravessava uma mata de figueiras-bravas, onde caía uma chuva miúda e branda, e por instantes foi feliz no sono, mas ao acordar sentiu-se todo borrado de caca de pássaros. ''Sonhava sempre com árvores'', disse-me a mãe, Plácida Linero, recordando 27 anos depois os pormenores daquela segunda-feira ingrata. ''Na semana anterior tinha sonhado que ia sozinho num avião de papel de estanho que voava sem tropeçar por entre as amendoeiras'', disse-me. Tinha uma reputação bastante bem ganha de intérprete certeira dos sonhos alheios, desde que lhos contassem em jejum, mas não descobrira qualquer augúrio aziago nesses dois sonhos do filho, nem nos restantes sonhos com árvores que ele lhe contara nas manhãs que precederam sua morte". Esse primeiro parágrafo do livro "Crônica de uma Morte Anunciada", de Gabriel García Marques, traduz com perfeição a receita que o próprio autor prescreve ao considerar que um conto, história ou romance, deve trazer, logo nas primeiras linhas, todo um universo que além de atar o leitor no enredo ainda possibilite desvendar de imediato perfis psicológicos, embrólios inusitados e, principalmente, a forma literária utilizada pelo escritor. "Gabo", como é conhecido em seu meio, é useiro e vezeiro desta artimanha. Crônica de uma Morte Anunciada traduz com perfeição todo o estilo proposto acima. Trata-se de um conto onde o pobre apreciador cai em uma artimanha que o impossibilita largar as letras antes de chegar ao seu término. O livro já inicia apresentando o morto, seguindo por um labirinto de atalhos e novidades que faz da leitura um prazer a parte. Conta o autor que todos sabiam do crime que seria realizado, menos o futuro morto, que por uma dessas coisas só permitida no Realismo Fantástico, teria o conhecimento de seu triste final, momentos antes de ser protagonista do mesmo.
Os acontecimentos são descortinados justamente no dia da visita do bispo, que seria seguida por toda a comunidade, com direito a presentes e carinhos, inclusive o próprio Santiago Nasar, futuro moribundo, havia colaborado com os mimos, cedendo "vários carregos de lenha às solicitações públicas do padre Carmen Amador, além de que escolhera pessoalmente os galos de cristas mais apetitosas". Todo esse cuidado era devido ao fato do bispo apreciar sopa de crista de galo. Este costume do pastor de almas era considerado heresia por Victoria Gusmán - serviçal da residência Nasar, tendo sido amante do pai da Santiago, Ibrahim Nasar, que após perder o gosto pela nativa, a colocou para dentro de casa - pelo simples fato de ser utilizado apenas a crista do galináceo. O motivo do assassinato, bem como a identidade dos assassinos do jovem Santiago, que havia completado 21 anos em janeiro, com a história se passando em fevereiro, são revelados em contas gotas, sempre em crescendo. O rapaz, que havia perdido o pai (do qual herdara o gosto pelas armas) apenas três anos antes dos fatídicos acontecimentos e que administrava a fazenda deixada em espólio, contribui sobre maneira para que o palco trágico fosse armado. O enredo deixa claro que todos os passos do homem que estava com o "couro negociado", foram seguindo uma coreografia que apesar dos esforços dos verdugos em não cumprirem sua promessa, fazem com que eles se vejam frente a frente com a oportunidade real de cometerem o ato transloucado. &np; Na véspera da visita do prelado, a cidade beira-rio estava vivendo um fausto casamento, o maior até então visto. Apenas em bebidas "se consumiram duzentas e cinco caixas de contrabando e quase duas mil garrafas de rum de cana". Os noivos eram o já citado Bayardo San Román, um aventureiro que havia aparecido no lugar ninguém sabendo de onde, apenas era do conhecimento geral sua riqueza e modos cativantes. Tanto assim que quando sua futura esposa lhe revelou qual a casa mais bonita da região, não se fez de rogado, pagando um preço muito maior que o justo por tal residência. Bayardo, no seu intento de adquirir o lar sonhado pela noiva, que seria devolvida aos pais na mesma noite do casamento, chegou a constranger o "viúvo Xius", dono original, que ali havia vivido trinta anos de felicidade, ao lado da companheira que tinha tomado exagerados cuidados para poder decorá-lo, não querendo se desfazer de jeito nenhum de suas lembranças de alcova. Não resistindo as propostas e insistência do comprador, o viúvo não teve outra alternativa a não ser aceitar a negociação, morrendo dois meses depois. A noiva era Angela Vicario, filha mais nova de um "ourives de pobres", tendo duas irmãs e dois irmãos gêmeos, Pedro e Pablo Vicario, matadores de criações e que tinham nas vísceras de animais suas telas de fundo no ofício. Mal saberiam eles o como era diferente matar um homem, mesmo com o costume de expor vísceras ao sol. Todos na casa guardavam luto da terceira filha do ourives, apesar de dois anos já terem se passado de seu falecimento. Os noivos haviam se conhecido seis meses antes, por completo acaso. Desde a primeira vez, Bayardo sabia que aquela seria sua futura esposa, solicitando a proprietária do hotel em que morava, para lembrá-lo de que se casaria com a rapariga, mesmo com os acontecimentos posteriores mostrando que o matrimônio se realizaria, mas a felicidade estava além de ambos. O filho de general conheceu realmente Angela nas festas cívicas, quando a rapariga seria a porta-voz de uma rifa. Na oportunidade, Bayardo comprou todos os números do sorteio, que tinha como prêmio um gramofone, com detalhes em madre-pérola, enviando-o a seguir à cobiçada moça. Quando o gramofone foi lhe remetido novamente, pelo alto valor do carinho e pelo fato de ainda não conhecer a família de Angela, os gêmeos, encarregados pela devolução, não o conseguiram fazer, embevecidos pelo álcool e modos envolventes do forasteiro. A corte é realizada, e a pedido de uma das irmãs de Angela, Bayardo é obrigado a desvendar toda sua pregressa vida. O carrossel continua seguindo seu ritmo, como este brinquedo de diversão infantil, os fatos vão se repetindo, mas a cada volta um elemento novo é proposto. Entram em cena infindáveis personagens, cada qual com uma possibilidade de evitar o assassinato. O próprio Santiago, caso tivesse alterado um dos seus hábitos e mantido outros, poderia ter esquivado o destino. Bastaria sair pela porta costumeira, a dos fundos, para evitar seus algozes. Bastaria ter vestido seu costume normal, que a morte não lhe alcançaria. Mas os desígnios são mostrados como inevitáveis e mesmo com todos sabendo o que esperava o desafortunado, que ao menos sabia os motivos de sua sorte cadavérica nada poderia ser feito, para que a "dama ceifadora" fizesse sua incursão no enredo com a perfeição que lhe era esperado. Apenas em uma banca (bar), 22 pessoas declararam que ouviram os gêmeos afirmarem que matariam Santiago. No mercado, onde por duas vezes os irmãos Vicario foram afiar suas facas, também revelaram sua intenção. Vários "carniceiros" apenas pensaram que seria coisa de bêbados. Um deles chegou a avisar um policial, que não tomou, aparentemente, qualquer atitude. Como em um rastilho, todos sabiam o que iria acontecer. Todos olharam Santiago retornar

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terça-feira, 8 de março de 2011

CRIANDO TEXTOS SEGUNDO ABNT

Quando se trata de elaborar um trabalho com fins acadêmicos em muitos a uma grande preocupação com as Normas ABNT. Às vezes essa preocupação é até maior que a com o conteúdo do trabalho. Para a elaboração de um trabalho científico correto, o autor deverá considerar que este não será lido apenas por seus professores, banca examinadora ou por profissionais de sua área. Dessa forma, é essencial o uso das normas técnicas para uma boa apresentação e compreensão da leitura. Em alguns casos, a ABNT apresenta em suas normas, algumas regras que são opcionais ou que permitem ao autor definir seus próprios critérios. Mas o que muitas vezes pensamos que são "Normas da ABNT", são, na verdade, "Padrões" que a instituição de ensino adota. As Normas da ABNT, no que diz respeito a apresentação de textos científicos, não são tão específicas a ponto de regulamentarem "tudo" o que você vai apresentar. Assim, abaixo das Normas da ABNT, existem os Padrões que cada Instituição de Ensino adota. Normalmente as Instituições adotam Padrões parecidos. Todavia os padrões adotados variam muito pouco de uma Instituição para outra. Às vezes variam até mesmo nos vários departamentos de uma mesma Instituição de Ensino. O foco deste trabalho não está nas Normas ABNT propriamente, mas sim na aplicação destas normas no software Microsoft Word, já que esta é o processador de texto mais utilizado do mercado.Muitas vezes mesmo tendo conhecimento teórico das normas, encontram-se várias dúvidas quanto à aplicação destas. Outro fato relevante é o que a maioria das pessoas não faz o uso de recursos especiais do Word que aumentam em muito a produtividade na elaboração de trabalhos. Com o intuito de difundir a utilização das ferramentas do Word e a aplicação das normas técnicas ou adequação dos trabalhos segundo um padrão de sua própria instituição é que este trabalho foi elaborado.

Conversando sobre as regras normativas (ABNT)



Posted on setembro 28, 2010 by annachrys

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Todos os trabalhos acadêmicos, sejam de graduação ou pós-graduação, devem ser formatados segundo as regras da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, fundada em 1940, que é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Para cada parte dos elementos que compõe o texto técnico-científico (pré-textuais, textuais e pós-textuais), há uma norma que regulamenta sua formatação, ou seja: desde a capa até os anexos. Há diversos tipos de textos: Projetos, Relatórios, Resenha, Dissertações e Teses. Que discutiremos mais adiante. Mas em todos eles usam-se as regras abaixo.

Hoje vamos conhecer quais são essas normas editadas pela ABNT e o que cada uma rege. Cabe ressaltar que é possível comprar as normas diretamente na Associação, mas também encontramos todas elas na Internet. É importante saber que algumas dessas normas estão em estudo nas comissões técnicas, pois consta no site da ABNT (http://www.abnt.org.br) que “Segundo princípios internacionais, as normas devem ser analisadas periodicamente para que seu conteúdo mantenha-se atualizado. Este processo, chamado de Análise Sistemática, é realizado anualmente e inicia-se pela pesquisa à sociedade.”

As definições das aplicações das NBR listadas constam dos objetivos presentes em cada uma delas.

NBR 10719 (AGO 1989) – Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração e a apresentação de relatórios técnico-científicos. Trata exclusivamente de aspectos técnicos de apresentação, não incluindo questões de direitos autorais. Conquanto não sejam objeto desta Norma outros tipos de relatórios (administrativos, de atividades, etc.), é opcional sua aplicação, quando oportuna. Neste caso, os documentos devem sujeitar-se, tanto quanto possível, ao disposto nesta Norma. Outros documentos, como livros, folhetos, teses etc., devem sujeitar-se a normas específicas.

NBR 6032 (AGO 1989) – Esta Norma fixa as condições exigíveis para uniformizar as abreviaturas de títulos de periódicos e publicações seriadas, com o fim de simplificar as referências constantes de bibliografias, citações e legendas bibliográficas.

NBR 6023 (AGO 2002) – Esta Norma estabelece os elementos a serem incluídos em referências. Fixa a ordem dos elementos das referências e estabelecem convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação. Destina-se a orientar a preparação e compilação de referências de material utilizado para a produção de documentos e para inclusão em bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros.

NBR 10520 (AGO 2002) – Esta Norma especifica as características exigíveis para apresentação de citações em documentos.

NBR 6021(MAIO 2003) – Esta Norma especifica os requisitos para apresentação dos elementos que constituem a estrutura de organização física de uma publicação periódica científica impressa. Destina-se a orientar o processo de produção editorial e gráfica da publicação, no sentido de facilitar a sua utilização pelo usuário e pelos diversos segmentos relacionados com o tratamento e a difusão da informação. Esta Norma não se aplica à apresentação de livros e folhetos.

NBR 6024 (MAIO 2003) – Esta Norma estabelece um sistema de numeração progressiva das seções de documentos escritos, de modo a expor numa seqüência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permitir sua localização. Esta Norma se aplica à redação de todos os tipos de documentos escritos, independentemente do seu suporte, com exceção daqueles que possuem sistematização própria (dicionários, vocabulários etc.) ou que não necessitam de sistematização (obras literárias em geral).

NBR 6027 (MAIO 2003) – Esta Norma estabelece os requisitos para apresentação de sumário de documentos que exijam visão de conjunto e facilidade de localização das seções e outras partes. Esta Norma se aplica, no que couber, a documentos eletrônicos.

NBR 6028 (NOV 2003) – Esta Norma estabelece os requisitos para redação e apresentação de resumos.

NBR 12225 (JUN 2004) – Esta Norma estabelece os requisitos para a apresentação de lombadas e aplica-se exclusivamente a documentos em caracteres latinos, gregos ou cirílicos. Tem por finalidade oferecer regras para a apresentação de lombadas para editores, encadernadores, livreiros, bibliotecas e seus clientes. Aplica-se, no que couber, a lombadas de outros suportes (gravação de vídeo, gravação de som etc.).

NBR 6034 (DEZ 2004) – Esta Norma estabelece os requisitos de apresentação e os critérios básicos para a elaboração de índices. Aplica-se, no que couber, aos índices automatizados.

NBR 14724 (DEZ 2005) – Esta Norma especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros). Aplica-se, no que couber aos trabalhos intra e extraclasse da graduação.
http://portal.senacrs.com.br/site/pdf/9758.pdf

Manual para Elaboração Trabalhos Acadêmicos Conforme a NBR 14724:2005

Manual para Elaboração Trabalhos Acadêmicos
Conforme a NBR 14724:2005
Produzido pelos bibliotecários da Rede
de Bibliotecas do Senac/RS com a
finalidade de orientar os usuários na
elaboração de seus trabalhos
acadêmicos.
Porto Alegre
2007
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 3
1 ESTRUTURA............................................................................................................. 5
1.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS.................................................................................. 5
1.1.1 Capa.......................................................................................................................... 5
1.1.2 Lombada................................................................................................................... 7
1.1.3 Folha de Rosto......................................................................................................... 8
1.1.4 Errata ...................................................................................................................... 10
1.1.5 Folha de Aprovação............................................................................................... 11
1.1.6 Dedicatória(s) ......................................................................................................... 12
1.1.7 Agradecimento(s) .................................................................................................. 13
1.1.8 Epígrafe .................................................................................................................. 14
1.1.9 Resumo na Língua Vernácula ............................................................................... 15
1.1.10 Resumo em Língua Estrangeira............................................................................ 16
1.1.11 Lista de Ilustrações................................................................................................ 18
1.1.12 Lista de Tabelas ..................................................................................................... 19
1.1.13 Lista de Abreviaturas e Siglas .............................................................................. 21
1.1.14 Lista de Símbolos .................................................................................................. 22
1.1.15 Sumário .................................................................................................................. 23
1.2 ELEMENTOS TEXTUAIS......................................................................................... 26
1.2.1 Introdução .............................................................................................................. 26
1.2.2 Desenvolvimento ................................................................................................... 27
1.2.3 Conclusão .............................................................................................................. 28
1.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS................................................................................ 29
1.3.1 Referências ............................................................................................................ 29
1.3.2 Glossário ................................................................................................................ 31
1.3.3 Apêndice(s) ............................................................................................................ 32
1.3.4 Anexo(s) ................................................................................................................. 33
1.3.5 Índice(s) .................................................................................................................. 35
2 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO .............................................................. 37
2.1 FORMATO............................................................................................................... 37
2.2 MARGENS............................................................................................................... 37
2.3 ESPACEJAMENTO ................................................................................................. 39
2
2.3.1 Notas de Rodapé.................................................................................................... 39
2.3.2 Indicativos de Seção.............................................................................................. 39
2.3.3 Títulos sem Indicativo Numérico .......................................................................... 40
2.3.4 Elementos sem Títulos e sem Indicativo Numérico ............................................ 40
2.4 PAGINAÇÃO............................................................................................................ 40
2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA............................................................................... 41
2.6 CITAÇÕES .............................................................................................................. 43
2.6.1 Citação Direta......................................................................................................... 44
2.6.2 Citação Indireta...................................................................................................... 46
2.6.3 Citação de Citação................................................................................................. 46
2.7 SIGLAS.................................................................................................................... 47
2.8 EQUAÇÕES E FÓRMULAS..................................................................................... 47
2.9 ILUSTRAÇÕES........................................................................................................ 48
2.10 TABELAS................................................................................................................. 49
APÊNDICE A - Formato Geral de Apresentação................................................................. 51
3
APRESENTAÇÃO
Este instrumento especifica, de acordo com a NBR 14724 (dez. 2005), os princípios
gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Constitui um estudo ao conteúdo da
norma, apresentando por vezes o texto original.
Existem, segundo a NBR 14724, três tipos de trabalhos acadêmicos:
a) trabalhos acadêmicos e similares (monografia, trabalho de conclusão de curso
(TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de
curso de especialização e outros): são documentos que representam o resultado
de um estudo devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve
ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente,
curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um
orientador;
b) dissertação: é um documento que representa o resultado de um trabalho
experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e
bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar
informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o
assunto e capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação
de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre;
c) tese: é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou
exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser
elaborado com base em investigação original, construindo-se em real
contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um
orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor, ou similar.
Para fins de entendimento, neste manual aplicaremos a nomenclatura trabalho
acadêmico a todos os tipos de trabalhos acima descritos, incluindo teses e dissertações.
A NBR 14724 contém disposições de outras normas de documentação que também
devem ser seguidas ao se elaborar um trabalho acadêmico:
ABNT. NBR 6023: Informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro,
2002.
ABNT. NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento: procedimento.
Rio de Janeiro, 1989.
4
ABNT. NBR 6027: Sumário: procedimento. Rio de Janeiro, 1989.
ABNT. NBR 6028: Resumos: procedimento. Rio de Janeiro, 1990.
ABNT. NBR 6034: Preparação de índice de publicações: procedimento. Rio de Janeiro,
1989.
ABNT. NBR 10520: Informação e documentação: apresentação de citações em
documentos. Rio de Janeiro, 2002.
ABNT. NBR 12225: Títulos de lombada: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.
CÓDIGO de Catalogação Anglo-Americano. 2. ed. São Paulo: FEBAB, 1983-1985.
IBGE. Normas de Apresentação Tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.
Lembramos que as bibliotecas do Senac/RS disponibilizam para consulta as normas
de documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e oferecem à
comunidade acadêmica o serviço de orientação para normalização de trabalhos
acadêmicos.
5
1 ESTRUTURA
A estrutura dos trabalhos acadêmicos divide-se em elementos pré-textuais, textuais
e pós-textuais:
1.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
São considerados elementos pré-textuais:
a) capa (obrigatório);
b) lombada (opcional);
c) folha de rosto (obrigatório);
d) errata (opcional);
e) folha de aprovação (obrigatório);
f) dedicatória(s) (opcional);
g) agradecimento(s) (opcional);
h) epígrafe (opcional);
i) resumo na língua vernácula (obrigatório);
j) resumo em língua estrangeira (obrigatório);
k) lista de ilustrações (opcional);
l) lista de tabelas (opcional);
m) lista de abreviaturas e siglas (opcional);
n) lista de símbolos (opcional);
o) sumário (obrigatório).
1.1.1 Capa
Elemento obrigatório para proteção externa do trabalho e sobre o qual se
imprimem as informações indispensáveis à sua identificação. Deve conter: nome da
instituição (opcional); nome do autor; título; subtítulo, se houver; número de volumes (se
houver mais de um, deve constar na capa a especificação do respectivo volume); local
(cidade); e ano da entrega do trabalho.
6
Exemplo:
7
1.1.2 Lombada
Elemento opcional, onde as informações são impressas conforme a ABNT NBR
12225. A lombada é a parte da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas,
sejam elas costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira. Deve
conter: nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da lombada,
de maneira que seja possível sua leitura quando o documento estiver no sentido horizontal e
com a face voltada para cima; título do trabalho, impresso nos mesmos moldes do nome do
autor; elementos alfanuméricos de identificação (quando for o caso), por exemplo: v. 1.
Exemplo:
8
1.1.3 Folha de Rosto
Elemento obrigatório que contém os elementos essenciais à identificação do
trabalho. Deve conter:
a) no anverso da folha:
Nome do autor; título; subtítulo (se houver); número do volume (quando
necessário); natureza (tipo de trabalho acadêmico) e objetivo (aprovação em
disciplina, grau pretendido, etc.), nome da instituição a que é submetido e área de
concentração; nome do orientador e, se houver, do co-orientador; local (cidade) da
instituição, ano de depósito (da entrega).
b) no verso da folha:
Deve conter a ficha catalográfica do trabalho, elaborada por um bibliotecário de
acordo com as regras do Código de Catalogação Anglo-Americano vigente.
Formato de apresentação:
• A natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetido e a área de
concentração do trabalho devem ser digitados em espaço simples, justificados e alinhados
do meio da mancha para a margem direita. Os demais elementos devem ser digitados em
espaço 1,5 e centralizados na folha.
• Esta folha, embora considerada a primeira folha do trabalho, não recebe numeração,
bem como os demais elementos pré-textuais.
9
Exemplo:
10
1.1.4 Errata
Elemento opcional, a errata é acrescida ao trabalho depois de impresso a fim de
indicar a correção de erros nele identificados. Apresenta-se quase sempre em papel avulso
ou encartado, logo após a página de rosto. As informações são distribuídas na forma de
lista, indicando as folhas e linhas em que ocorrem os erros, seguidas das devidas correções.
A referência do trabalho deve ser indicada na parte superior da folha da Errata. Por
exemplo:
Exemplo:
11
1.1.5 Folha de Aprovação
Elemento obrigatório, a folha de aprovação contém os elementos essenciais à
aprovação do trabalho. Colocada logo após a folha de rosto (ou da errata, quando for o
caso), deve apresentar o nome do autor do trabalho; o título do trabalho e subtítulo (se
houver); a natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido e área de
concentração; a data de aprovação; o nome, titulação e assinatura dos componentes da
banca examinadora e instituições a que pertencem. As informações sobre data de
aprovação, bem como a assinatura dos membros componentes da banca examinadora,
devem ser colocadas após a aprovação do trabalho.
Exemplo:
12
1.1.6 Dedicatória(s)
Elemento opcional colocado após a folha de aprovação, onde o autor presta
homenagens ou dedica seu trabalho. O título Dedicatória não deve aparecer na folha.
Sugere-se que o formato de apresentação da Dedicatória seja o mesmo da epígrafe:
Exemplo:
13
1.1.7 Agradecimento(s)
Elemento opcional colocado após a dedicatória, em que o autor agradece àqueles
que contribuíram de maneira relevante na elaboração do trabalho.
Exemplo:
14
1.1.8 Epígrafe
Elemento opcional colocado após os agradecimentos, onde o autor apresenta uma
citação (deve ser indicada a autoria) relacionada com a matéria tratada no corpo do
trabalho. O autor pode também optar pela inserção de epígrafes nas folhas de abertura das
seções primárias.
Exemplo:
15
1.1.9 Resumo na Língua Vernácula
Elemento obrigatório, o resumo em língua vernácula deve apresentar os pontos
relevantes do texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do
trabalho. O resumo deve ser elaborado de acordo com a NBR 6028, na forma de frases
concisas e objetivas (e não enumeração de tópicos), utilizando a terceira pessoa do
singular, os verbos na voz ativa e evitando-se o uso de expressões negativas. O resumo de
um trabalho acadêmico deve conter de 150 a 500 palavras.
Logo abaixo do resumo devem figurar as palavras-chave ou descritores, ou seja,
as palavras representativas do conteúdo do trabalho.
Formato de apresentação:
• O título (RESUMO) deve figurar no alto da página, centralizado e com o mesmo recurso
tipográfico utilizado nas seções primárias;
• O texto do resumo é estruturado na forma de um parágrafo único, digitado em espaço
entre linhas de 1,5;
• O título Palavras-chave: deve figurar logo abaixo do resumo, alinhado à esquerda. As
palavras-chave devem ser separadas entre si e finalizadas por um ponto ( . ).
16
Exemplo:
1.1.10 Resumo em Língua Estrangeira
Elemento obrigatório, com as mesmas características do resumo em língua
vernácula, apresenta a sua versão para idioma de divulgação internacional. Deve ser
digitado em folha separada. Logo abaixo do resumo em língua estrangeira devem figurar as
palavras-chave ou descritores no idioma escolhido.
17
Formato de apresentação:
• O título do resumo em língua estrangeira deve figurar no alto da página, centralizado e
com o mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• O título é atribuído conforme o idioma escolhido: Abstract, em inglês; Resumen, em
espanhol, por exemplo;
• O texto do resumo é estruturado na forma de um parágrafo único, digitado em espaço
entre linhas de 1,5;
• As palavras-chave devem figurar no mesmo idioma escolhido para o resumo em língua
estrangeira. O título também deverá ser atribuído segundo este critério: Keywords, em
inglês; Palabras-clave, em espanhol, etc.
• O título das palavras-chave em idioma estrangeiro deve figurar logo abaixo do resumo,
alinhado à esquerda. As palavras-chave devem ser separadas entre si e finalizadas por
um ponto ( . ).
Exemplo:
18
1.1.11 Lista de Ilustrações
Elemento opcional que indica a paginação de cada figura apresentada no trabalho,
na ordem em que estas aparecem no texto. Cada item deve ser designado por seu nome
específico, acompanhado do respectivo número da folha onde se encontra. Quando
necessário, recomenda-se a elaboração de listas próprias para cada tipo de ilustração
(quadros, lâminas, plantas, fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esquemas,
desenhos e outros).
Formato de apresentação:
• O título (LISTA DE ILUSTRAÇÕES) deve figurar no alto da página, centralizado e com o
mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• A relação das ilustrações deve incluir: palavra designativa (figura, quadro, gráfico, etc.)
seguida do algarismo arábico de ocorrência no texto, seu título e paginação.
19
Exemplo:
1.1.12 Lista de Tabelas
Elemento opcional que indica a paginação de cada tabela apresentada no trabalho,
na ordem em que estas aparecem no texto. Cada item deve ser designado por seu nome
específico, acompanhado do respectivo número da folha onde se encontra.
20
Formato de apresentação:
• O título (LISTA DE TABELAS) deve figurar no alto da página, centralizado e com o
mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• A relação das tabelas deve incluir: palavra designativa (Tabela) seguida do algarismo
arábico de ocorrência no texto, seu título e paginação onde está inserida.
Exemplo:
21
1.1.13 Lista de Abreviaturas e Siglas
Elemento opcional, este item consiste na relação alfabética das abreviaturas e
siglas utilizados no texto, seguidos das palavras ou expressões correspondentes grafadas
por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo (uma para
abreviaturas e outra para siglas).
Formato de apresentação:
• O título (LISTA DE ABREVIATURAS ou LISTA DE SIGLAS) deve figurar no alto da
página, centralizado e com o mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• A relação das abreviaturas ou siglas deve ser apresentada em ordem alfabética, e o
texto deve ser alinhado à esquerda.
Exemplo:
22
1.1.14 Lista de Símbolos
Elemento opcional, apresenta os símbolos descritos no texto, organizados de
acordo com a ordem em que aparecem no trabalho, seguido de seu significado.
Formato de apresentação:
• O título (LISTA DE SÍMBOLOS) deve figurar no alto da página, centralizado e com o
mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• A relação dos símbolos deve ser alinhado à esquerda.
Exemplo:
23
1.1.15 Sumário
Elemento obrigatório, o sumário é a enumeração das principais divisões, seções e
outras partes do trabalho, seguido da(s) respectiva(s) folha(s) onde consta(m) a matéria
indicada. O sumário deve ser elaborado conforme a ABNT NBR 6027.
A subordinação dos itens que figuram no sumário deve ser destacada por
diferenças tipográficas (como negrito, letras maiúsculas e outros), de acordo com a
numeração progressiva da ABNT NBR 6024. Quando o trabalho estiver organizado em mais
de um volume, o sumário completo deve ser incluído em todos os volumes, permitindo que
se tenha conhecimento de todo o conteúdo do documento em qualquer volume consultado.
Os elementos pré-textuais não devem constar no sumário.
É importante não confundir sumário com índice. O sumário apresenta os itens na
forma em que estes são apresentados no trabalho, diferentemente do índice, que é uma
lista de palavras ou frases ordenadas segundo determinado critério (autor, assunto, etc.),
que localiza e remete para as informações contidas no texto.
Formato de apresentação:
• O título (SUMÁRIO) deve figurar no alto da página, centralizado e com o mesmo recurso
tipográfico utilizado nas seções primárias;
• A relação dos títulos das seções deve apresentar a mesma ordem e grafia em que
figuram no trabalho;
• Os elementos pré-textuais não devem figurar no sumário;
• Os indicativos das seções que compõem o sumário, se houver, devem ser alinhados à
esquerda, conforme a ABNT NBR 6024. Recomenda-se que os títulos e subtítulos que
sucedem os indicativos das seções sejam alinhados pela margem do título do indicativo
mais extenso (das seções terciárias ou quartenárias, por exemplo);
• A paginação deve ser apresentada sob uma das seguintes formas: somente número da
primeira página (exemplo: 14), números da primeira e última página separados por hífen
(exemplo: 14-16), número das páginas em que se distribui o texto (exemplo: 14, 16, 18
ou 20-24, 31-35). A primeira forma apresentada (somente o número da primeira página)
é a mais utilizada em trabalhos acadêmicos.
24
Exemplo:
25
Exemplo (continuação de Sumário):
26
1.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais constituem a parte do trabalho onde é exposta a matéria.
Divide-se em três partes fundamentais:
a) introdução;
b) desenvolvimento;
c) conclusão.
1.2.1 Introdução
Elemento obrigatório, consiste na parte inicial do texto, onde devem constar a
delimitação do assunto tratado, os motivos que levaram à realização do trabalho, as
hipóteses, objetivos e limitações da pesquisa, entre outros elementos necessários para
situar o tema. Por ser o primeiro elemento textual, sugere-se que a partir da introdução o
trabalho seja numerado de acordo com a ABNT NBR 6024: Numeração progressiva das
seções de um documento escrito (ver seção 1.2.2).
Formato de apresentação:
• O título (INTRODUÇÃO) deve figurar no alto da página, alinhado à esquerda e com o
mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• É a partir da Introdução que deve aparecer a paginação do trabalho, sendo que a
contagem começa na folha de rosto;
• A numeração das páginas é colocada em algarismos arábicos, no canto superior direito
da folha, a 2 cm da borda superior (veja o destaque no exemplo a seguir).
27
Exemplo:
1.2.2 Desenvolvimento
Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do
assunto, onde o autor desenvolve o conteúdo da pesquisa. É a parte mais extensa do
trabalho, podendo ter várias seções e subseções, variando em função da abordagem do
tema e do método.
Formato de apresentação:
• Os títulos das seções e subseções devem ser elaborados conforme a numeração
progressiva (ver 2.5).
28
1.2.3 Conclusão
Parte final do texto, onde são apresentadas as conclusões correspondentes aos
objetivos ou hipóteses e sugestões relativas ao estudo. É o espaço onde o autor apresenta
o fechamento das idéias de seu estudo e os resultados da pesquisa a partir da análise dos
resultados obtidos. É facultado ao autor apresentar nesta seção os desdobramentos
relativos à importância, projeção e repercussão do trabalho.
Por ser o último elemento textual, a conclusão deve ser numerada de acordo com a
ABNT NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento escrito (ver seção
2.5).
Exemplo:
29
1.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
São os elementos que complementam o trabalho. Após a Conclusão, as demais
seções do trabalho não são mais numeradas, porém a paginação segue aparecendo até o
final.
São considerados elementos pré-textuais:
d) referências (obrigatório);
e) glossário (opcional);
f) apêndice(s) (opcional);
g) anexo(s) (opcional);
h) índice(s) (opcional).
1.3.1 Referências
Elemento obrigatório, as referências consistem em um conjunto padronizado de
elementos descritivos retirados de um documento e que permite sua identificação individual.
Devem ser elaboradas conforme a ABNT NBR 6023.
Para maiores detalhes, consulte também o Manual para Elaboração de
Referências, disponível no site da Rede de Bibliotecas do Senac/RS.
Formato de apresentação:
• O título (REFERÊNCIAS) deve figurar no alto da página, centralizado e com o mesmo
recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• Todos os documentos citados no trabalho devem, obrigatoriamente, aparecer na lista de
referências;
• Para facilitar a elaboração das referências, anote os dados dos documentos após
consultá-los:
a) livros: autor(es), título, nº. de edição, local, editora, ano de publicação e número total
de páginas;
b) artigos de periódicos: autor(es) e título do artigo, título da publicação, local, número do
volume e/ou ano e do fascículo, paginação inicial e final do artigo, mês e ano da
publicação;
c) material disponível na Internet: além das informações pertinentes a cada tipo de
documento, inclua também o endereço do site e a data de acesso. Por exemplo:
Disponível em: . Acesso em 20 abr.
• A lista de referências deve estar ordenada alfabeticamente;
• As referências devem ser digitadas em espaço simples entre linhas e alinhadas à
esquerda (e não no modo justificado como o restante do trabalho). Devem estar
separadas entre si por dois espaços simples.
30
Exemplo:
31
1.3.2 Glossário
Elemento opcional, que consiste em uma lista em ordem alfabética, de palavras ou
expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto,
acompanhadas das respectivas definições.
Formato de apresentação:
• O título (GLOSSÁRIO) deve figurar no alto da página, centralizado e com o mesmo
recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• O texto indicando a palavra ou expressão e seu significado, deve ser ordenado
alfabeticamente e alinhado à esquerda;
Exemplo:
32
1.3.3 Apêndice(s)
Elemento opcional, o apêndice é um texto ou documento elaborado pelo próprio
autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do
trabalho. O(s) apêndice(s) é(são) identificado(s) por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos.
Formato de apresentação:
• Palavra designativa (APÊNDICE), letra maiúscula consecutiva seguida de travessão,
título do Apêndice em letras minúsculas;
• Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto, utilizam-se letras maiúsculas dobradas. Por
exemplo:
APÊNDICE AA – Análise de atividades desenvolvidas
APÊNDICE AB – Avaliação de desempenho
• Para não interferir na estrutura física do(s) Apêndice(s), o título pode aparecer na folha
anterior (ver exemplo a seguir);
• A paginação do(s) Apêndice(s) deve ser feita de maneira contínua, dando seguimento à
do texto principal.
Exemplo:
33
Exemplo (continuação de Apêndice):
1.3.4 Anexo(s)
Elemento opcional, que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo
autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. O(s) anexo(s) é (são)
identificado(s) por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
34
Formato de apresentação:
• Palavra designativa (ANEXO), letra maiúscula consecutiva seguida de travessão, título
do Anexo em letras minúsculas. Por exemplo:
ANEXO A – Nota fiscal de títulos incorporados ao acervo
ANEXO B – Formulário de satisfação do cliente
• Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto, utilizam-se letras maiúsculas dobradas. Por
exemplo:
ANEXO AA – Nota fiscal de mobiliário adquirido em 2007
ANEXO AB – Regulamento geral da biblioteca
• Para não interferir na estrutura física do(s) Anexo(s), o título pode aparecer na folha
anterior;
• A paginação do(s) Anexo(s) deve ser feita de maneira contínua, dando seguimento à do
texto principal.
Exemplo:
35
1.3.5 Índice(s)
Elemento opcional, o índice é uma lista de palavras ou frase, ordenadas segundo
determinado critério (autor, assunto, etc.) que localiza e remete para as informações
contidas no texto. Deve ser elaborado conforme a ABNT NBR 6034.
Segundo a norma, o índice pode ser ordenado das seguintes formas:
a) ordem alfabética;
b) ordem sistemática;
c) ordem cronológica;
d) ordem numérica;
e) ordem alfanumérica.
Quanto ao enfoque a ser adotado no índice, a ABNT NBR 6034 coloca que ele
pode ser de dois tipos:
a) especial: quando for organizado por autores, assuntos, títulos, pessoas e/ou
entidades, nomes geográficos, citações, anunciantes e matérias publicitárias;
b) geral: quando utiliza duas ou mais das categorias anteriores. Exemplo: Índice de
autores e assuntos.
Formato de apresentação:
• O título do índice deve definir sua função e/ou conteúdo. Exemplos: índice de assunto,
índice cronológico, índice onomástico, etc. No trabalho, deve figurar no alto da página,
centralizado e com o mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias;
• Em índice alfabético, recomenda-se imprimir, no canto superior externo de cada página,
as letras iniciais ou a primeira e última entradas da página;
• Recomenda-se a apresentação de entradas em linhas separadas, com recuo
progressivo da esquerda para a direita para subcabeçalhos.
36
Exemplo:
37
2 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
A elaboração dos trabalhos acadêmicos deve ser de acordo com as seções que
seguem:
2.1 FORMATO
O papel a ser utilizado nos trabalhos acadêmicos é o de formato A4 (tamanho 21
cm x 29,7 cm) de cor branca, utilizando-se para impressão somente o anverso das folhas
(exceção para a ficha catalográfica, que deve constar no verso da folha de rosto). O texto
deve ser digitado com fonte na cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as
ilustrações.
O tamanho de fonte recomendado é 12 para todo o texto, excetuando-se as
citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e
das tabelas que devem ser digitados em tamanho menor e uniforme (tamanho 10, por
exemplo). No caso de citações de mais de três linhas, deve-se observar também um recuo
de 4 cm da margem esquerda.
2.2 MARGENS
As folhas devem apresentar margens que permitam a encadernação e a
reprodução. Sendo assim, os trabalhos acadêmicos deverão ter margem esquerda e
superior de 3 cm, e margens direita e inferior de 2 cm.
38
Exemplo:
39
2.3 ESPACEJAMENTO
Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5. Exceção para as citações longas
(com mais de mais de três linhas), as notas de rodapé, as legendas das ilustrações e
tabelas, a ficha catalográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que
é submetida e a área de concentração, que devem ser digitados em espaço simples. As
referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espaços simples.
Os títulos das seções devem começar na parte superior da folha e ser separados
do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das
subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços
1,5.
Na folha de rosto e na folha de aprovação, a natureza do trabalho, o objetivo, o
nome da instituição a que é submetida e a área de concentração devem ser alinhados do
meio da mancha para a margem direita.
2.3.1 Notas de Rodapé
As notas de rodapé devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas
do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3cm a partir da margem
esquerda.
2.3.2 Indicativos de Seção
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda,
separado por um espaço de caractere (ver seção 2.5).
40
2.3.3 Títulos sem Indicativo Numérico
Os títulos sem indicativo numérico devem ser centralizados, conforme a ABNT
NBR 6024. São eles:
a) errata;
b) agradecimentos;
c) lista de ilustrações;
d) lista de abreviaturas e siglas;
e) lista de símbolos;
f) resumos (em língua vernácula e estrangeira);
g) sumário;
h) referências;
i) glossário;
j) apêndice(s);
k) anexo(s);
l) índice.
2.3.4 Elementos sem Títulos e sem Indicativo Numérico
São as seções onde o título não deve aparecer:
a) folha de aprovação;
b) dedicatória;
c) epígrafe;
2.4 PAGINAÇÃO
A partir da folha de rosto, todas as folhas do trabalho devem ser contadas, mas
numeradas somente a partir da introdução (primeiro elemento textual). A numeração é
colocada em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2cm da borda
superior, ficando o último algarismo a 2cm da borda direita da folha. Trabalhos constituídos
de mais de um volume devem manter uma seqüência única de paginação, do primeiro ao
último volume. A paginação de apêndices e anexos deve ser seqüencial à paginação do
texto principal.
41
2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA
A numeração progressiva deve ser adotada no trabalho acadêmico para evidenciar
a sistematização do conteúdo. Ela deve ser elaborada de acordo com a ABNT NBR 6024 –
Informação e Documentação – Numeração progressiva das seções de um documento
escrito – Apresentação.
Os títulos das seções primárias devem começar na parte superior da mancha (no
topo da folha) e ser separados do texto que o sucede por dois espaços 1,5 entrelinhas.
Por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta. Da mesma
forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precedem e que os
sucedem por dois espaços 1,5.
O indicativo de seção deve ser alinhado na margem esquerda, precedendo o título
e dele separado por apenas um espaço de caractere. Todas as seções devem conter um
texto relacionado com elas.
Para destacar gradativamente os títulos das seções e subseções utilizam-se os
recursos tipográficos de negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa alta ou versal e outro.
1 SEÇÃO PRIMÁRIA
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA
1.1.1 Seção Terciária
1.1.1.1 Seção Quaternária
1.1.1.1.1 Seção Quinária
Quando for necessário enumerar diversos assuntos de uma seção que não possua
título, esta deve ser subdividida em alíneas As alienas, segundo a ABNT NBR 6024, devem
ser apresentadas da seguinte forma:
a) o trecho.final do texto anterior às alíneas termina em dois pontos (:);
b) as alíneas são ordenadas alfabeticamente;
c) as letras indicativas das alíneas são reentradas em relação à margem
esquerda;
d) o texto da alínea começa por letra minúscula e termina em ponto-e-vírgula (;),
exceto a última que termina em ponto (.); e, no caso em que seguem subalíneas,
estas terminam em vírgula (,);
e) a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira
letra do texto da própria alínea.
42
Exemplo:
A Rede de bibliotecas do Senac/RS disponibiliza aos seus usuários diversos
serviços, entre eles:
a) consulta local;
b) empréstimo domiciliar:
- para usuários vinculados ao Senac /RS,
- para usuários que não estejam em débito com a Biblioteca,
- prazos e quantidades estipulados no Regulamento Geral.
c) auxílio à normalização de trabalhos acadêmicos:
- para usuários vinculados ao Senac /RS,
- o usuário deve fornecer uma cópia impressa do trabalho, onde serão
anotadas as observações referentes à ABNT,
- a formatação do trabalho é de responsabilidade do usuário.
d) catálogo on-line;
e) Comutação Bibliográfica (COMUT).
Exemplo de numeração progressiva:
43
2.6 CITAÇÕES
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte. A seguir
são apresentadas informações básicas sobre a elaboração de citações, para uma consulta
mais completa consulte a ABNT NBR 10520.
Deve optar-se por um sistema de chamada: autor-data ou numérico. No sistema
autor-data a menção à obra citada no texto deve aparecer de acordo com sua
representação na lista de Referências (entrada por autor ou título e o ano da obra). No
sistema numérico as fontes são indicadas de forma consecutiva ao longo do documento em
algarismos arábicos. A lista de Referências, neste caso, deve ser apresentada conforme sua
ordem de citação no documento, e não em ordem alfabética como no sistema autor-data.
As chamadas no sistema autor-data devem ser em letras maiúsculas e minúsculas
quando a referência à fonte citada fizer parte da sentença. Quando citado entre parênteses,
o nome do autor deve ser descrito em letras maiúsculas.
Exemplos:
Segundo Shiffman e Kanuk (2000) o comportamento do consumidor estuda de que
maneira as pessoas resolvem gastar seu tempo e dinheiro para fazer uma determinada
compra, assim como seu esforço para consumir.
O comportamento de compra do consumidor “é influenciado por fatores culturais,
sociais, pessoais e psicológicos”. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 172).
Quando um documento possui autoria de até três autores, o sobrenome de todos
eles deve aparecer na citação. Quando for escrito por uma entidade coletiva o nome deve
aparecer completo, na forma direta. Se a entrada do documento for pelo título somente a
primeira palavra (acompanhada de artigo ou monossílabo, se for o caso) seguida de
reticências deve aparecer na citação.
Os exemplos a seguir são fictícios e apresentam as diversas formas como estas
citações podem se apresentar:
44
Exemplos:
Segundo Kotler (2006, p. 172), o comportamento de compra do consumidor “é
influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos”.
O comportamento de compra do consumidor “é influenciado por fatores culturais,
sociais, pessoais e psicológicos”. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 172).
Os autores dizem que o comportamento de compra do consumidor “é influenciado
por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos” (COVEY; KOTLER; KELLER, 2006, p.
172).
O comportamento de compra do consumidor, de acordo com o Conselho Regional
de Administração (2006, p. 172) “é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e
psicológicos”.
O comportamento de compra do consumidor “é influenciado por fatores culturais,
sociais, pessoais e psicológicos” (O MARKETING..., 2006, p. 172).
2.6.1 Citação Direta
As citações diretas são transcrições exatas de trechos extraídos da fonte, onde são
apresentadas as palavras do próprio autor. Nas citações diretas deve-se indicar também,
além do ano, a página da obra consultada. As citações diretas podem ser curtas ou longas:
45
a) citações diretas curtas: para citações de até três linhas, devem apresentar
aspas duplas indicando o trecho inicial e final da transcrição. As aspas simples
são utilizadas para indicar citação no interior da citação;
b) citações diretas longas: para citações com mais de três linhas, o trecho deve
ser destacado num bloco único (sem entrada de parágrafo) com recuo de 4cm
da margem esquerda, com letra menor que a utilizada no texto (recomenda-se
fonte nº 10), com espaçamento entre linhas simples e não devem aparecer as
aspas.
Exemplo de citação direta curta:
O comportamento de compra do consumidor “é influenciado por fatores culturais,
sociais, pessoais e psicológicos”. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 172).
Exemplo de citação direta longa:
Churchill Jr. e Peter (2003, p. 116) definem a pesquisa de marketing como:
a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao profissional de
marketing por meio de informações – estas usadas para identificar e definir
oportunidades e problemas de marketing; gerar, refinar e avaliar ações de
marketing; monitorar o desempenho de marketing; e melhorar o
entendimento do marketing como um processo.
Após reunir alguns conceitos de pesquisa de marketing e compreender qual é a
sua finalidade foi feita uma pesquisa quantitativa que pode auxiliar nas decisões
mercadológicas, diminuindo o risco e aumentando os impactos positivos na organização.
46
2.6.2 Citação Indireta
O mesmo que citação livre (ou paráfrase), é quando expressamos com nossas
próprias palavras a idéia de um autor. Nesses casos, a indicação da página consultada é
opcional.
Exemplo:
Rocha (2004) diz que a melhor estratégia para uma empresa aumentar seus
ganhos financeiros é conquistar a fidelização dos seus clientes, especialmente os mais
importantes, porque quando as pessoas estão satisfeitas com o tratamento que recebem,
não só preferem não mudar de empresa como fazem a divulgação dele para a sua família e
para seus conhecidos. As melhores estratégias de fidelização são o conhecimento dos
consumidores, a segmentação por similaridades de comportamento e o relacionamento
constante com os consumidores.
2.6.3 Citação de Citação
Se, no trabalho, for feita uma citação de um trecho já citado na obra consultada é
preciso indicar primeiramente o sobrenome do autor do trecho seguido da expressão latina
apud (que significa citado por) e então o sobrenome do autor da obra consultada. Na lista de
referências é o nome do autor da obra consultada que deve aparecer. Para as citações
diretas, além do ano também deve aparecer a página do trecho citado.
É importante destacar que este recurso deve ser utilizado somente no caso de
impossibilidade de acesso à obra citada no trecho. Sempre que possível, faça a citação
diretamente na obra.
47
Exemplo:
Atitude, segundo Thurstone (2000, p. 245 apud MOWEN; MINOR, 2003, p. 142) é
“a quantidade de afeição ou sentimento a favor ou contra um estímulo”.
Ou:
Atitude é “a quantidade de afeição ou sentimento a favor ou contra um estímulo”
(THURSTONE, 2000, p. 245 apud MOWEN; MINOR, 2003, p. 142).
O nome que deve constar na lista de referências é o dos autores Mowen e Minor,
que são os autores da obra consultada.
2.7 SIGLAS
Na primeira vez que aparecem no texto, as siglas devem ser colocadas entre
parênteses, logo após sua designação completa. Por exemplo: Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (SENAC). No restante do texto, o nome por extenso não precisa
mais aparecer, podendo somente a sigla ser citada.
2.8 EQUAÇÕES E FÓRMULAS
A fim de facilitar a leitura de fórmulas e equações, é permitido o uso de uma
entrelinha maior no texto de modo que possa comportar seus elementos (expoentes, índices
e outros). Se necessário, podem sem numeradas com algarismos arábicos entre
parênteses, alinhados à direita.
Exemplo:
2x2+ y2 – 4(16 + 25) = z2 ...(1)
(x2 – y2) / 8 = x2 ...(2)
48
2.9 ILUSTRAÇÕES
As ilustrações são imagens que acompanham o texto. Podem ser de diversos
tipos: desenhos, gravuras, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas,
organogramas, plantas, quadros, retratos, etc. Seja qual for o seu tipo, sua identificação
deve aparecer na parte inferior da imagem, precedida da palavra designativa seguida de seu
número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e da
fonte de onde foi extraída.
A ilustração deve ser inserida no texto o mais próximo possível do trecho a que se
refere. No texto, dever ser feito uma chamada indicando a existência da ilustração.
Exemplo:
49
2.10 TABELAS
As tabelas são elementos demonstrativos de síntese que constituem unidade
autônoma e apresentam informações tratadas estatisticamente. Devem ser elaboradas
conforme a Norma de Apresentação Tabular do IBGE:
a) as tabelas devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se
referem. Se a tabela não couber em uma folha, continua-se na folha seguinte e,
nesse caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior e repete-se o
título e o cabeçalho na próxima folha;
b) devem ter um título, inserido no topo, indicando a natureza geográfica e
temporal das informações numéricas apresentadas;
c) no rodapé da tabela deve aparecer a fonte de onde ela foi extraída. Notas
eventuais também aparecem no rodapé, após o fio de fechamento;
d) deve-se evitar o uso de fios verticais para separar as colunas e fios horizontais
para separar as linhas. Somente o cabeçalho pode apresentar fios horizontais e
verticais para separar os títulos das colunas. Ao final da tabela é utilizado um
fio horizontal;
e) todas as tabelas do documento devem seguir o mesmo padrão gráfico, ou seja,
devem apresentar o mesmo tipo e tamanho de fonte e utilizar de forma
padronizada letras maiúsculas e minúsculas.
50
Exemplo:
51
APÊNDICE A – Formato Geral de Apresentação
Item
Espacejamento
Entrelinhas
Alinhamento
Fonte
Texto 1,5 Justificado;
Entrada de parágrafo a 1,5cm da
margem esquerda.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 12.
Citações longas (com mais
de 3 linhas)
Simples Justificado;
Recuo de 4cm da margem
esquerda em bloco único, sem
entrada de parágrafo ou aspas.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 10.
Figuras Simples O título (em negrito) deve ser
centralizado na parte inferior da
figura, precedido da palavra
designativa, seguida de seu
número de ordem. A legenda
aparece abaixo do título,
indicando a fonte de onde foi
extraída a figura.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 10.
Tabelas Simples O título (em negrito) deve ser
centralizado na parte superior da
tabela, precedido da palavra
Tabela, seguida de seu número
de ordem;
A legenda com a fonte de onde a
tabela foi extraída, bem como as
notas, devem figurar na parte
inferior da tabela, alinhadas à
esquerda;
As laterais da tabela não devem
ser fechadas, ou seja, as linhas
verticais não devem aparecer.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 11 para o
título e texto da
tabela; tamanho 10
para a legenda
(fonte e notas).
Resumo em língua
vernácula e Resumo em
língua estrangeira
1,5 Título centralizado no alto da
página;
Texto justificado e sem entrada
de parágrafos, em bloco único;
Palavras-chave logo abaixo do
texto, justificadas. Devem iniciar
com letras maiúsculas e ser
separadas entre si por ponto
final (.).
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 12.
Títulos das seções
primárias
1,5 Devem começar na margem
superior da folha e ser
separados do texto que os
sucede por dois espaços 1,5;
Por serem as principais divisões
de um texto, devem iniciar em
folha distinta;
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 12.
Títulos das subseções
(seções secundárias,
terciárias, etc.)
1,5 Devem ser separados do texto
que os precede e que os sucede
por dois espaços 1,5.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 12.
52
Item
Espacejamento
Entrelinhas
Alinhamento
Fonte
Notas de rodapé Simples Devem ser digitadas dentro das
margens, ficando separadas do
texto por um espaço simples de
entrelinhas e por filete de 3cm a
partir da margem esquerda.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 10.
Natureza (tese, dissertação,
trabalho de conclusão de
curso e outros), objetivo
(aprovação em disciplina,
grau pretendido e outros),
nome da instituição a que é
submetido e área de
concentração
Simples Devem figurar nas folhas de
rosto e de aprovação, alinhados
do meio da mancha para a
margem direita.
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 12.
Referências Simples;
Referências
separadas entre
si por dois
espaços simples
Título centralizado;
Referências alinhadas à
esquerda
Arial ou
Times New Roman;
Tamanho 12.

Nrmas da abnt p relatório

Quem está cursando o ensino superior deve seguir um padrão para a elaboração de trabalhos e relatórios. Neste caso, as regras são estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A ABNT é uma instituição privada, sem fins lucrativos, fundada no ano de 1940. Como já foi dito anteriormente, ela é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária para o desenvolvimento cientifico e tecnológico.

A associação ainda disponibiliza a Consulta Nacional, um serviço inteiramente online, sem qualquer tipo de custo ou prejuízo. Nesta ferramenta, os usuários podem imprimir, visualizar e enviar sugestões aos projetos de norma da ABNT. Entretanto, é preciso esperar os prazos determinados para efetuar essas consultas.

Bom, voltando ao assunto, se você está em dúvida para fazer seus relatórios de maneira correta, confira as dicas que separamos.

1 – folha de rosto – este item deve conter o titulo do projeto, o nome dos alunos, do professor, da disciplina e do curso.

2 – Introdução – nesta parte, devem estar contidas todas as informações importantes sobre o projeto ou o experimento.

3 – Objetivos – aqui, o aluno tem que especificar os objetivos do trabalho. Elas devem estar descritos de forma clara e concisa, facilitando sua compreensão.

4 – Materiais e métodos – todos os materiais utilizados no projeto precisam estar contidos neste item, assim como as técnicas empregadas no seu desenvolvimento.

5 – Resultados e discussões – deverão estar contidos todos os resultados obtidos no experimento. Nesta parte, o aluno também precisa relatar os problemas encontrados e justificar as soluções adotadas.

6 – Conclusões – nesta parte, o aluno deve propor as conclusões sobre o trabalho de forma bastante objetiva.

7 – Referencias – este é o ponto onde devem ser informadas as referencias bibliográficas utilizadas pelo aluno para a elaboração do relatório.

Com o tempo, você pode encontrar um pouco de dificuldade para elaborar relatórios. Entretanto, isto é apenas uma questão de prática.

domingo, 6 de março de 2011

NORMAS DA ABNT PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

Trabalhos acadêmicos: Normas da ABNT

O objetivo destas normas é o de uniformizar a publicação de conhecimentos.
Todas as normas estão sujeitas a atualização sem periodicidade estipulada.
As FIRB utilizam as normas bibliográficas da ABNT.


NBR 14724:2001 Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação
- Informações pré-textuais
- Informações textuais
- Informações pós-textuais
- Formas de apresentação
NBR 10520:2001 Informação e documentação - Apresentação de citações em documentos
- Regras gerais
NBR 6023:2000 Informação e documentação- Referências- Elaboração



NBR 14724:2001 Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação

Dissertação: muito conhecido como "tese de mestrado", o que não existe.
Tese: termo utilizado somente para trabalhos que visam o título de "doutor".
Trabalho acadêmico: trabalho de graduação ou conclusão de curso, são os trabalhos denominados TCC, TG, TGI e outros.
A estrutura do trabalho é composta por 03 partes: Pré-textuais; Textuais e Pós-textuais.
Para cada etapa existem informações obrigatórias e opcionais.

Pré-textuais:

Capa (obrigatório): nome do autor; título; subtítulo (se houver); número de volumes (quando houver mais de um); local da instituição onde será apresentado; ano de entrega.

Folha de rosto (obrigatório): Anverso: a) nome do autor; b) título (deve ser claro, preciso e identificar o conteúdo do trabalho); c) subtítulo (se houver, deve evidenciar sua subordinação, através do sinal de dois pontos; d) número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada respectiva folha de rosto; e) natureza (dissetação, tese e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros), nome da instituição a que é submetido, área de concentração; f) nome do orientador e, se houver, do co-orientador; g) local da instituição e h) ano da entrega. Verso: Deve conter apenas a ficha catalográfica.

Errata (opcional): deve ser logo em seguida da folha de rosto, se houver erro e, encartada ou avulsa acrescida ao trabalho depois de impresso. Ex.:
ERRATA

Folha
Linha Onde se lê Leia-se
32 3 publiação publicação

Folha de aprovação (obrigatório): contém autor, título e subtítulo se houver, local e data de aprovação, nome, assinatura e instituição dos membros componentes da banca examinadora.

Dedicatória (opcional): o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho.

Agradecimentos (opcional): àqueles que contribuíram de maneira relevante, ou mesmo instituições de fomento (Fapesp, Capes, CNPq etc.)

Epígrafe (opcional): o Elemento opcional, traz a citação de um pensamento, que de certa forma serviu de base ao trabalho, seguida de seu autor.

Resumo na língua vernácula (obrigatório): deve ser um texto claro e conciso, não apenas tópicos. Precisa ser objetivo para não passar de 500 palavras no máximo. E, logo em seguida, apresentar as palavras mais representativas do conteúdo do texto, ou seja as palavras-chave.

Resumo em língua estrangeira (obrigatório): idêntico ao ítem anterior, apenas em língua estrangeira.

Sumário (obrigatório): consiste na enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma seqüência em que aparecem. Não tem o mesmo objetivo do índice.

Lista de ilustrações (opcional): deve apresentar na mesma ordem em que aparece no texto. Recomenda-se uma lista para cada tipo de ilustração. Ex.: (quadros, gráficos, plantas etc.)

Lista de abreviaturas e siglas (opcional): relação em ordem alfabética, seguida das palavras ou expressões correspondes grafadas por extenso. Recomenda-se uma lista para cada tipo.

Lista de símbolos (opcional): deve apresentar na mesma ordem em que aparece no texto, com seu devido significado.

Textuais

Introdução: deve constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e demais elementos necessários para situar o tema.

Desenvolvimento: parte principal, contém a exposição ordenada e pormenorizada do assuntos, divide-se em seções e subseções. Varia em função da abordagem do tema e método.

Conclusão: parte final, apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.


Pós-textuais

Referências (obrigatório): conjunto padronizado de informações retiradas do material informacional consultado.

Apêndice (opcional): texto utilizado quando o autor pretende complementar sua argumentação. São identificados por letras maiúsculas e travessão, seguido do título. Ex.:
APÊNDICE A - Avaliação de células totais aos quatro dias de evolução

Anexo (opcional): texto ou documento não elaborado pelo autor para comprovar ou ilustrar. São identificados por letras maiúsculas e travessão, seguido do título. Ex.:
ANEXO A - Representação gráfica de contagem de células

Glossário (opcional): lista alfabética de expressões técnicas de uso restrito, utilizadas no texto e suas respectivas definições.


Formas de Apresentação

Formato: papel em branco, formato A4 (21,0 cm X 29,7 cm), digitados no anverso da folha. Recomenda-se a fonte tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para as citações longas e notas de rodapé.Margem: esquerda e superior de 3,0 cm e direita e inferior de 2,0 cm.

Espacejamento: todo o texto deve ser digitado com 1,5 de entrelinhas. As citações longas, as notas, as referências e os resumos devem ser digitados em espaço simples. Os títulos das seções devem ser separados do texto que os sucede por uma entrelinha dupla ou dois espaços simples.

Notas de rodapé: digitadas dentro da margem, ficam separadas com espaço simples de entrelinhas e um filete de 3,0 cm a partir da margem esquerda.

Indicativo de seção: o indicativo numérico precede seu título, alinhado à esquerda, somente com o espaço de um caractere. Para os títulos sem indicação numérica, ficam centralizados.

Paginação: a numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior da folham a 2,0 cm da borda superior, ficando o último algarismo da borda direita da folha. Se o trabalho tiver mais de um volume a seqüência deve ser mantida no volume seguinte, a partir do texto principal.

Numeração progressiva: é utilizada para destacar o conteúdo do trabalho. Pode-se usar demais recursos existentes, como caixa alta, negrito etc.

Citação: menção de uma informação extraída de outra fonte. Abreviaturas e siglas: quando aparecem pela primeira vez, deve-se colocar por extenso e a sigla entre parênteses.

Equações e fórmulas: aparecem destacadas no texto, de forma a facilitar sua leitura. Na seqüência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte por exemplo, expoentes, índices etc. Quando destacadas devem ser centralizadas. Quando fragmentadas, por falta de espaço, devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Ilustrações: Figuras: elementos autônomos que explicam ou complementam o texto. Qualquer que seja seu tipo (gráfico, planta, fotografia etc.) deve ter sua identificação como "Figura" seguida de seu número de seqüência de ocorrência no texto em algarismos arábicos. A legenda deve ser breve e clara. Tabelas: de caráter demonstrativo, apresentam informações tratadas estatisticamente. O título aparece na parte superior, precedido da palavra "Tabela" seguida de seu número de seqüência de ocorrência no texto em algarismos arábicos. Para tabelas reproduzidas, é necessário a autorização do autor, mas não é preciso esta menção. Se não couber em uma única folha, deve ser continuada na folha seguinte e, nesse caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho repetidos na nova folha. As separações horizontais e verticais para divisão dos títulos das colunas e para fechá-las na parte inferior, evitando separação entre linhas e colunas. Para os dois casos, sua inserção deve estar próxima ao texto respectivo.



NBR 10520:2001 Informação e documentação - Apresentação de citações em documentos


Existem 04 definições para citação:
Citação: menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte;
Citação direta: transcrição textual do autor consultado;
Citação indireta: transcrição livre do autor consultado;
Citação de citação: transcrição direta ou indireta em que a consulta não tenha sido no trabalho original.


Regras Gerais

1- Quando o(s) autor(es) citado(s) estiver no corpo do texto a grafia deve ser em minúsculo, e quando estiver entre parênteses deve ser em maiúsculo.

2- Devem ser especificadas, o ano de publicação, volume, tomo ou seção, se houver e a(s) página(s).

3- A citação de até 03 linhas acompanha o corpo do texto e se destaca com dupla aspas. Exemplos:
Barbour (1971, v.21, p. 35) descreve "o estudo da morfologia dos terrenos"
"Não se mova, faça de conta que está morta" (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72)

4- Para as citações com mais 03 linhas, deve-se fazer um recuo de 4,0 cm na margem esquerda, diminuindo a fonte e sem as aspas. Exemplo:
Devemos ser claros quanto ao fato de que toda conduta eticamente apropriada pode ser guiada por uma de duas máximas fundamentalmente e irreconciliavelmente diferentes: a conduta pode ser orientada para uma "ética das últimas finalidades", ou para uma "ética da responsabilidade". Isso não é dizer que uma ética das últimas finalidades seja idêntica à irresponsabilidade, ou que a ética de responsabilidade seja idêntica ao oportunismo sem princípios (WEBER, 1982, p.144).

5- Para citações do mesmo autor com publicações em datas diferentes, e na mesma seqüência, deve-se separar as datas por vírgula. Exemplo:
(CRUZ, 1998, 1999, 2000)

6- Nas citações que aparecerem na seqüência do texto podem ser referenciadas de maneira abreviada, em notas:
- apud - citado por, conforme, segundo;
- idem ou id - mesmo autor;
- ibidem ou ibid - na mesma obra;
- opus citatum, opere citato ou op. cit. - obra citada;
- passim - aqui e ali (quando foram retirados de intervalos);
- loco citato ou loc. Cit. - no lugar citado;
- cf. - confira, confronte;
- sequentia ou et seq. - seguinte ou que se segue.
Somente a expressão apud pode ser usada no decorrer do texto.

7- Para a monografia, o autor deverá escolher qual o tipo de chamada usará:
- Autor-data: quando a chamada para a citação é feita pelo sobrenome do autor e a data de publicação, ou
- Numérico: quando a chamada é feita pelo número correspondente na lista de referências bibliográficas, previamente alfabetada.



NBR 6023:2000 Informação e documentação- Referências- Elaboração


Monografia no todo

AUTOR(es)//Título:/subtítulo (se houver).//Indicação de responsabilidade se houver).//Edição.//Local:/Editora,/Ano.//Dados complementares (características físicas, Coleção, notas e ISBN)

1 autor:
MOTTA, Fernando C. P. Teoria geral da administração: uma introdução. 22.ed. São Paulo: Pioneira, 2000.

2 autores:
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Management information systems: new approaches to organization & technology. 5 th ed. New Jersey: Prentice Hall, 1998.

3 autores:
BIDERMAN, C.; COZAC, L. F. L.; REGO, J. M. Conversas com economistas brasileiros. 2.ed. São Paulo: Ed. 34, 1997.

Mais de 03 autores (nestes casos, acrescenta-se a expressão et al, após o primeiro autor):
SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997.

Teses e Dissertações


MIYAMOTO, S. O Pensamento geopolítico brasileiro: 1920-1980. 1981. 287f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo


Manual

BRASÍLIA. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Sistema integrado de administração financeira do governo federal. Brasília, 1996. 162 p. (Manual SIAF, 5).


Parte de monografia

AUTOR(es).//Título:/subtítulo da parte(se houver).//In:/Referência completa da monografia no todo.//informar ao final a paginação correspondente à parte.


Capítulo de livro

ROVIGHI, S. V. Ontologia existencial e filosofia da existência. In: ________. História da filosofia contemporânea: do século XIX à neoescolástica. Tradução por Ana Pareschi Capovilla. São Paulo : Loyola, 1999. Cap. 15, p. 397-412.


Informações retiradas da Internet

AUTOR(es).//Título:/subtítulo da parte ou do todo .//Edição.//Local:/Editora, /Data.//Descrição física do meio ou suporte.


No caso de documentos online, apresentar a URL entre os sinais<> precedido das expressão "Disponível em:" finalizando com a data de acesso como mostra o exemplo abaixo.

ENCICLOPÉDIA da música brasileira. São Paulo, 1998. Disponível em:
. Acesso em: 16 ago. 2001


Publicação periódica

TÍTULO.//Local de publicação:/Editora,/Data de ínicio da coleção e encerramento (quando houver).//Periodicidade.//ISSN.

REVISTA BRASILEIRA DE ECONOMIA. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1947- . Trimestral. ISSN 0034-7140


Parte de publicação periódica

AUTOR(es).//Título do artigo:/subtítulo quando houver.//Título da publicação.//volume, número,/página inicial e final do artigo.//Data de publicação.

REZENDE, C. S.; REZENDE, W. W. Intoxicações exógenas. Revista Brasileira de Medicina . v. 59, n. 1/2, p. 17-25. jan./fev. 2002.